
Imagine uma viagem em que você não apenas observa, mas participa. Em que cada passo na natureza vem acompanhado de descobertas reais, escutas atentas e contribuições para algo maior. Um tipo de turismo que vai além da contemplação e se conecta ao conhecimento, à conservação e à transformação pessoal. Esse é o turismo científico.
Segundo uma revisão publicada na Revista Brasileira de Ecoturismo, “o turismo científico reúne discussões sobre eventos e viagens científicas, turismo de natureza, educação, geoturismo e desenvolvimento socioeconômico”. Trata-se de uma experiência onde o turista deixa de ser apenas espectador e se torna parte do processo de pesquisa, aprendizado e conservação.
Por que praticar turismo científico?
Em tempos em que repensamos nossas relações com o planeta, viajar pode ser muito mais do que descansar ou explorar paisagens exóticas. Pode ser uma forma de colaborar com pesquisas científicas, entender melhor os ecossistemas e se envolver com causas ambientais de forma direta, ativa e sensível.
Praticar o turismo científico é uma forma de se reconectar com a natureza de maneira ativa e transformadora. Além de viver momentos inesquecíveis em paisagens naturais impressionantes, você ajuda a construir conhecimento que pode proteger espécies ameaçadas, monitorar mudanças ambientais e orientar políticas de conservação. É uma experiência que une lazer, propósito e educação.
Ao participar você presencia comportamentos raros de animais, aprende a escutar seus cantos, compreende o impacto das mudanças climáticas sobre os ecossistemas e contribui com estudos que realmente fazem diferença. É um convite ao encantamento com responsabilidade: observar, compreender e agir. Tudo isso amplia não só seu repertório pessoal, mas também sua consciência ambiental.

Como integrar tudo isso na sua próxima viagem
Incluir o turismo científico no seu roteiro começa por uma escolha consciente: buscar experiências que tenham compromisso com a ciência, com a ética e com o meio ambiente. O ideal é se informar sobre projetos que envolvam pesquisadores em campo, como os realizados em áreas de conservação ou em parceria com instituições sérias. Além disso, é importante estar aberto à escuta, ao aprendizado e à colaboração.
Durante a experiência, é essencial manter uma postura respeitosa e colaborativa. Isso inclui seguir os protocolos dos pesquisadores, registrar informações com atenção, interagir com responsabilidade com os ambientes visitados e entender que cada ação, por menor que pareça, tem um impacto direto na pesquisa e na conservação. E o envolvimento não precisa acabar com a viagem: compartilhar o que você viveu com outras pessoas, apoiar financeiramente os projetos e manter-se informado sobre os temas científicos que conheceu são formas de continuar contribuindo. Ao viajar com propósito, você fortalece a ponte entre a ciência e a sociedade, além de participar, de fato, da construção de um futuro mais equilibrado.
Expedição Científica “As Baleias de Abrolhos”: ciência em alto-mar
Se você quer viver essa experiência de forma completa, a expedição de cruzeiro científico “As Baleias de Abrolhos”, promovida pela Natura Ecoturismo em parceria com o Projeto Baleia Jubarte, é um convite imperdível. Durante três dias e duas noites a bordo de uma embarcação de pesquisa, no sul da Bahia, os participantes acompanham biólogos em uma das regiões mais importantes para a reprodução da baleia-jubarte no Atlântico Sul.
Entre os meses de junho e novembro, esses gigantes marinhos migram para as águas quentes de Abrolhos. É nesse cenário que o grupo participa de saídas para observação, coleta de dados para fotoidentificação, gravações acústicas com hidrofone, coleta de material genético (sem contato físico com os animais) e análise comportamental. Também estão previstas atividades como mergulhos em pontos icônicos do Parque Nacional Marinho de Abrolhos, como as ilhas Siriba e Redonda.
Além do conteúdo científico, o diferencial da expedição está na profundidade da experiência. São no máximo sete pessoas por grupo, garantindo proximidade com a equipe de pesquisa e um aprendizado muito mais imersivo. Você não só observa as baleias — você participa do esforço de protegê-las.
As vagas são limitadas e já estão quase esgotadas. Corra e garanta a sua!
Viajar pode ser muito mais do que percorrer distâncias ou admirar paisagens. Pode ser uma forma de cuidar, de aprender e de fazer parte de algo maior. O turismo científico nos convida a viver experiências transformadoras, que deixam marcas profundas, tanto em nós quanto no mundo ao nosso redor.